• Estudo da Beauty Fair, realizado pela Nielsen, mostra que o setor de higiene e beleza tem produtos de apelo emocional que ajudam a preservar a autoestima em cenários de tensão
• Em 20 anos de Plano Real, consumo destes produtos, comparado ao de bebidas, alimentos e produtos de limpeza, nunca teve retração
• Produtos de higiene e beleza foram os que tiveram maior número de lançamentos: 2.102 (higiene e beleza) x 960 (média).
Brasileiros são verdadeiros amantes dos produtos de higiene e beleza. E um novo estudo da Beauty Fair, realizada pela Nielsen, comprova a tese. Em 20 anos de Plano Real, a cesta de consumo de Higiene e Beleza nunca teve retração, crescendo quase três vezes durante este período.
“Os produtos do setor tem um apelo emocional que ajudam a preservar a autoestima dos brasileiros em cenários de tensão. Tanto que a compra por indulgência (“eu mereço”) aumenta em tempos de crise”, afirma Carlos Gouveia, coordenador de atendimento ao varejo da Nielsen.
“O cuidado pessoal é, sobretudo, uma questão de merecimento e realização que se fortificam nessas épocas”, explica Cesar Tsukuda, superintendente da Beauty Fair.
A ascensão da Classe C é um dos fatores contribuintes para este crescimento, pois foi ela a responsável por consumir produtos de beleza mais sofisticados e com maior frequência.
Além disso, os lançamentos fazem parte da estratégia do setor. Para se ter uma ideia, foram lançados 2.102 produtos de 2013 até julho de 2014, enquanto a média de lançamentos de outros produtos (alimentos, bebidas, produtos de limpeza) é de 960.
Crise de 2009 – Uma pesquisa da Nielsen realizada em 2009, quando houve uma das piores crises mundiais, foi perguntado aos consumidores onde eles pretendiam reduzir os gastos. Para 17% dos entrevistados, o “abastecimento no lar” seria reduzido, um dos menores índices citados (45% disseram “alimentação fora do lar”, 44% telefonia móvel, 37% eletroeletrônicos, 30% roupas, 28% automóvel e 25% lazer). Dentro da opção “abastecimento do lar” foi perguntado o que eles manteriam e o que trocariam por marcas mais baratas.
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